quinta-feira, 29 de maio de 2008

Copa do Brasil 2008 - Semi Final


Não poderia deixar de falar do jogo da ultima quarta: Vasco X Sport. É engraçado como são as coisas. Você luta todos os dias para crescer profissionalmente, ser reconhecido, ter um bom emprego, trabalhar numa grande empresa e, na parte familiar, ter pessoas que te amam e fazem um bem enorme, porém quando chega numa partida com esse grau de importância, você se vê entretido de uma forma que parece que a sua vida é apenas aquele momento e, nada ao seu redor tem mais valor, a não ser aquelas coisas que também estão entretidas na partida. Se o seu time vence, você é um vencedor, porém se seu time perde, você passa a se achar um fracassado e, demora um pouco a voltar a realidade de sua vida rotineira.

Ou seja, nesta ultima quarta, de repente, vi que minha vida estava nas mãos de Carlinhos Bala. Pode uma coisa dessa?

Por trinta segundos fiquei sem ouvir barulho, apenas via a imagem da TV e do meu irmão Mauro ao meu lado em pé com os punhos cerrados esperando que bala marcasse o gol da vitória. Isso sem falar na tensão de Papai, Mamãe, meu irmão Romero, todos em pé com os olhos sem piscar e, por ultimo, meu sobrinho Gabriel, de 9 anos, sentado numa cadeira, todo encolhido, caladinho e com os olhos cheios de lágrimas também achando que Carlinhos Bala iria decidir o rumo da vida dele, ou seja, caso Bala perdesse o pênalte, o sonho em passar da quarta para quinta série na escola iria para o espaço.

Pois é, Bala bateu firme e garantiu a explosão da torcida rubro-negra no Recife, em São Januário e em todo o mundo. Depois do gol, meu sobrinho que já estava sem cor, caladinho na cadeira e com olhos cheios de água, passou a subir e descer a escada lá de casa numa velocidade impressionante e depois quando pensei que ele já ia se cansar, passou a fazer saltos tripos na sala como se fosse Jardel Gregório. Pronto, voltou ao normal. Bala salvou nossas vidas.

Nunca poderemos mudar esse sentimento, pois o Sport nos emociona, é o Sport que a gente ama.
Pelo Sport Tudo.

Eita, já ia esquecendo de gritar: "Ahhh, É EDMUNDO, Ahhh, É EDMUNDO!!!"

Um comentário:

Dado disse...

Caramba, cada um tem uma historia desse jogo. Foi minha despedida, e de Paulo Collier, de Brasilia. O engracado, do meu lado, foi que comecei a gritar Eo, Eo, Carlinhos Bala eh o terror. Antes dele aparecer na tela e a gente saber que o quinto batedor ia ser ele. Me lembrei de Bebeto, que nao teve direito de dar o titulo ao Brasil em 1994, era o momento da vida de Bala e ele acertou. Parabens Bala!

Dado